domingo, 27 de novembro de 2022

"homens e mulheres dentro dos carros a olhar perdidos para o barulho incessante do mar que banha a areia prateada,
Nenhum dos carros tem dois ocupantes,
Aquele ali tem, um casal, a coisa está feia, discutem.
A privacidade que o mar dá à solidão é a mesma que esconde os atritos privados fora das quatro paredes e dos ouvidos enganados.
Nesta altura do ano ainda se apanha marisco de concha fugidia. O mesmo mariscador que ontem evitava os banhistas agora evita o mesmo frio e o vento que continuou a não ser favorável.
A safra é minguante,
Pode ser que logo haja petisco. "

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