terça-feira, 27 de dezembro de 2022

 (...) "assim termina o poema.

A voz e a elegia finalmente se cumpriram. No último momento, chegada a redenção e capitulada após a sua queda, sem poder de defesa, a luz da morte penetrou as muralhas. O Império de Idílico, soberano agora defunto, roído pela base, não resistiu a décadas de ataques interinos. Traído pelos seus escudeiros e consortes de magistratura, soçobrou com a chegada da Nova Era. Afinal, a profecia assumia o seu corpo e razão. Idílico pagou desde sempre aos seus traidores, mas a paz apresenta outro preço. As bandeiras não foram retiradas, continuaram desfraldadas na força do desespero até serem arrancadas no infame ataque... Foram levadas com os mastros arrancados das vísceras do castelo. O horizonte é um amontoado de pedras e vontades" (...)

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