- Oh avózinha és tão estranha!
- Já o teu avô o dizia,
- Esses olhos que tens,
- É verdade, o teu avô até se borrava todo quando lhe abria os olhos
- E o nariz...
- Servia bem, para cheirar a esturro quando o teu avô começava com as desculpas dele,
- E as tuas orelhas enormes?
- Quando lá vinha ao longe já lhe ouvia os passos tortos.
- Oh avózinha e essas mãos tão fortes e rudes que tens, como foi que assim ficaram?
- Minha rica netinha, muito rolo da massa, muito rolo da massa...
- Avó, só mais uma pergunta. A tua boca...
- Cala-te, nem digas nada... O teu avô dizia que fazia milagres
- Ai avó, o meu Adérito, diz o mesmo...
- Não te poupes filha, não te poupes
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